Atualidade do cancro do pulmão

A perceção dos portugueses sobre cancro do pulmão

No Dia Internacional da Luta Contra o Cancro, foi divulgado o estudo “A perceção dos portugueses sobre cancro do pulmão”, que teve como objetivo ter conhecimento acerca das perceções, comportamentos e atitudes da população portuguesa em diferentes aspetos relativamente a este tumor.

De acordo com este estudo, 34% dos inquiridos afirma ter um conhecimento muito limitado sobre o cancro do pulmão, 39% um conhecimento intermédio e 19,5% diz ter algum conhecimento.

As evidências apontam que “os cidadãos com menos recursos económicos, com mais baixa taxa de escolaridade e que vivem afastados dos grandes centros são aqueles que menos informação e menos conhecimento têm sobre a doença, sobre os tratamentos possíveis para ela e sobre o resultado desses tratamentos”, afirmou o diretor do serviço de oncologia médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto, António Araújo. O oncologista, que faz parte da Aliança para o Cancro do Pulmão, destacou a importância de o cidadão estar mais e melhor informado.

Contudo, mesmo para os que vivem nos grandes centros e/ou que são mais informados em termos de saúde, continua a existir um grau reduzido de conhecimento no que diz respeito à saúde em geral e ao cancro do pulmão em particular.

Relativamente ao tipo de tratamento existente para o cancro do pulmão, metade dos inquiridos do estudo reconheceu ter pouco ou nenhum conhecimento: 12% dos inquiridos com graus de instrução mais elevados referiu a Imunoterapia, enquanto 68,5% apontaram a quimioterapia, 44,8% a radioterapia e 18,2% a cirurgia.

Questionados acerca dos comportamentos de risco, 93,7% referem o tabagismo, 42% fatores ambientais, 15,2% hábitos alimentares, 12,5% contexto profissional, 12% fatores genéticos, 8% sedentarismo, 4,7% exposição a produtos tóxicos, 2,5% outras doenças associadas e 1,8% fumar passivamente. Há 1,2% que consideram não existir comportamentos de risco.

Relativamente aos principais sintomas da doença, 62,3% referenciam a falta de ar, 46,8% tosse persistente, 35,8% cansaço, 24,7% tosse com sangue, 16,5% dor torácica, 15,3% perda de peso, 14,8% dores nas costas, 9,8% falta de apetite. Há 7,7% que não sabe nomear qualquer sintoma do tumor maligno.

Uma das conclusões do estudo sublinha que 92% dos inquiridos constata conhecer alguém que teve um cancro e cerca de 30% conhece ou já conheceu alguém com cancro do pulmão. O inquérito expõe, também, que 43% dos inquiridos considera o cancro do pulmão muito mais grave que outros tumores.

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