O cancro do pulmão é o que apresenta “maior mortalidade”, explicou o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), à margem da sessão solene de comemoração dos 70 anos da LPCC, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Carlos Oliveira observou que, enquanto o cancro do intestino se consegue curar em “percentagem significativa”, no cancro do pulmão não se consegue atingir os cinco por cento de cura, pelo que é o que “mata mais” em Portugal.
Segundo o presidente da LPCC, o cancro mais frequente, neste momento, em Portugal é o cancro do cólon retal (vulgo cancro do intestino), sendo também aquele que causa maior número de mortos entre os portugueses. Considerando a mortalidade, segue-se o cancro da mama, o cancro da próstata, o cancro do estômago e o cancro do pulmão e, embora este último não detenha o recorde numérico, é aquele que apresenta “maior mortalidade”, explicou Carlos Oliveira.
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) alertou que esta doença “não está em crise”, como a economia e a política, e que “está a aumentar em Portugal”, onde o envelhecimento da população é um factor de risco. “Nenhum de nós está livre de vir a ter cancro”, disse Carlos Freire de Oliveira, sublinhando que quanto maior é o envelhecimento da população maior é o risco de cancro”.
Questionado sobre a capacidade de prevenção e resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Carlos Oliveira salientou que, até há poucos anos, o SNS encontrava-se entre os 20 melhores do mundo e entre os primeiros a nível europeu, dizendo esperar que “não haja uma degradação desse serviço que foi uma conquista considerável dos portugueses”. Fez votos de que o SNS, “com a participação ou não dos privados, como entenderem” os políticos, mantenha a qualidade e a capacidade de resposta a que tem habituado os portugueses.