Um estudo da Universidade de Stanford, nos EUA, publicado pela “Science Translational Medicine”, revela que as células cancerígenas podem demorar dez ou mais anos para se tornarem num tumor e libertarem substâncias detectáveis nas análises ao sangue.Os exames ao sangue que existem actualmente, permitem aos médicos detectar a presença várias substâncias produzidas pelos tumores. Contudo, cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, concluíram que pode demorar dez anos, ou mais, para que as células cancerígenas degenerem em tumores e libertem as substâncias detectadas nas análises.Mesmo os organismos saudáveis são susceptíveis à produção natural destes marcadores, característicos das células cancerígenas, pelo que podem ser precisos vários anos até que os níveis de concentração atinjam valores preocupantes.A solução passa pela criação de exames mais profundos e sensíveis à detecção destas substâncias, de modo a permitir diagnósticos de cancro mais precoces. O estudo americano revelou que um cancro nos ovários só é detectável quando atinge o tamanho de 1,7 mil milhões de células, ou seja, cerca de dois centímetros, e teria de estar presente no organismo há cerca de 10 ou 13 anos.O responsável pelo estudo, Sanjiv Gambhir, sublinhou, em declarações ao “The Telegraph”, a importância de “encontrar marcadores feitos, exclusivamente, de células cancerígenas”.