Atualidade do cancro do pulmão

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Sabe o que é?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPBC) atinge atualmente cerca de 14% dos portugueses e prevê-se que seja, nos próximos dois anos, a terceira principal causa de morte a nível mundial.

Os sintomas de alerta são, maioritariamente, de índole respiratória, como falta de ar, tosse e expetoração. Os pacientes podem sofrer, igualmente, de doenças cardiovasculares, depressão ou osteoporose, estando, por vezes, sob um risco mais elevado de desenvolver cancro do pulmão.

Paula Simão, médica assistente de Pneumologia da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, explica que “nos casos mais graves, a DPOC reduz drasticamente a qualidade de vida ao não permitir a realização normal das atividades de vida diária, sendo que o doente acaba por evitar cada vez mais sair de casa, levando a um isolamento social progressivo”.

Segundo o médico João Carvalho, assistente de Pneumologia do Hospital Pulido Valente, esta patologia está associada a certos comportamentos de risco, nomeadamente exposição ao tabaco e a irritantes ambientais, como a queima de biomassa e a poluição atmosférica.

O médico sublinha que o tabagismo está no topo das causas da doença, estimando-se que 10% a 15% dos fumadores, incluindo os passivos, venham a sofrer de DPCO.

“Os doentes que, mesmo após o diagnóstico, mantenham exposição aos agentes nocivos, como o tabaco, apresentarão um declínio muito mais rápido da função respiratória e consequentemente da doença,” refere o médico João Carvalho.

O diagnóstico de DPOC é efetuado através de um exame que avalia a função respiratória, designado de espirometria. É considerado um exame simples, indolor e de baixo custo e permite concluir sobre o estado de gravidade em que a doença se encontra, orientando, assim, o seu tratamento.

“A identificação dos indivíduos em fases mais iniciais da doença reveste-se de uma importância enorme, permitindo intervenções terapêuticas precoces e menos onerosas”, indica o médico João Carvalho.

De acordo com a médica Paula Simão, a DPOC continua a ser subdiagnosticada, sendo que a maioria dos pacientes são diagnosticados já em fase avançada da doença.

Perante a necessidade de consciencialização e de diagnóstico atempado, implementou-se, em Portugal, o primeiro Programa de Reabilitação Respiratória Domiciliária. O ReabilitAR DPOC, criado pela Praxair (empresa multinacional que atua ao nível das terapias respiratórias domiciliárias) e inspirado no programa internacional Living Well With COPD, visa cuidar das pessoas com DPOC, no seu próprio domicilio e ajustado à sua vida habitual.

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