Ao examinar amostras de sangue e tecidos de tumores de doentes com cancro do pulmão de não pequenas células não pequenas (CPNPC), investigadores do Hospital Geral de Massachusetts (MGH) identificaram marcadores que podem distinguir os principais subtipos deste tipo de cancro e identificar com precisão o estágio do mesmo. O teste feito previu com precisão se as amostras de sangue examinadas eram provenientes de doentes com sobrevida mais curta ou mais longa após uma cirurgia associada ao cancro do pulmão, incluindo pessoas com doença em estágio inicial.
Descobertas que podem eventualmente ajudar os médicos a decidir se uma pessoa com cancro do pulmão pode beneficiar do tratamento padrão ou se precisa de terapêutica mais agressiva.
Publicado na revista científica Scientific Reports, o trabalho, que contou com a participação do investigador principal David C. Christiani, médico do Departamento de Medicina da MGH, Cheng e outros colegas, estudou amostras de sangue e tecidos tumorais colhidos no momento da cirurgia e procuraram marcadores metabolómicos únicos, usando para o efeito espectroscopia por ressonância magnética de alta resolução, uma técnica que permite caracterizar a composição química dos tecidos.
As experiências foram projetadas para verificar se as amostras de sangue e as amostras de tecido tumoral dos mesmos doentes tinham características comuns, capazes de identificar a presença ou ausência de cancro do pulmão, discriminar os subtipos de cancro e confirmar a precisão diagnóstica de um simples exame de sangue.
E foi possível identificar perfis específicos de metabolitos comuns a ambos os tipos de amostras e distinguir entre doença em estágio inicial, que geralmente são altamente tratáveis, e estágios posteriores da doença, que requerem tratamentos mais agressivos ou experimentais.
O objetivo final do estudo é desenvolver um exame de sangue que possa fazer parte de um exame físico padrão e possa indicar se um doente específico tem sinais suspeitos que apontam para cancro do pulmão.