Atualidade do cancro do pulmão

Estudo: Nunca é tarde demais para deixar de fumar antes de uma cirurgia pulmonar

De acordo com um recente estudo, publicado na revista médica Annals of Thoracic Surgery, fumadores que venham a ser submetidos a cirurgia pulmonar devem deixar de fumar antes do procedimento e, quanto mais cedo o fizerem, melhor.

Segundo o estudo, entre os pacientes que fizeram uma cirurgia pulmonar, os não fumadores manifestaram menos complicações no pós-operatório, comparativamente aos pacientes fumadores. Adicionalmente, o relatório concluí que, no caso dos fumadores, deixar o consumo do tabaco antes da cirurgia contribui, também, para um menor risco de complicações.

Segundo a Sociedade Americana do Cancro, estima-se que quase 230 mil novos casos de cancro do pulmão venham a ser diagnosticados em 2019, nos Estados Unidos.

Estudos anteriores já tinham mostrado que cerca de um terço dos doentes com cancro do pulmão são fumadores, à data do diagnóstico, e 20% mantêm o consumo de tabaco até ao momento da cirurgia, refere o relatório recentemente publicado.

Os investigadores do estudo analisaram 666 pacientes submetidos a cirurgia pulmonar entre 2012 e 2016, incluindo 256 pessoas que nunca tinha fumado e 410 consumidores regulares de tabaco.

Durante os três meses que se seguiram aos procedimentos cirúrgicos, cerca de 32% dos fumadores ativos manifestaram, posteriormente, complicações respiratórias, comparando com 22% entre os ex-fumadores. Apenas 3,5% dos não fumadores manifestaram as mesmas complicações.

Em geral, a incidência de complicações foi superior em fumadores ativos mais velhos, com função pulmonar mais fragilizada e necessidade de cirurgias mais longas com maior perda de sangue.

O relatório concluí, assim, que quanto mais cedo os fumadores deixarem o uso do tabaco antes da cirurgia, menor é o risco pós-operatório.

A probabilidade de sofrer complicações pós-cirúrgicas para fumadores ativos é de 13%, comparando com 10% para aqueles que deixaram de fumar até um mês antes da cirurgia. O nível de risco desce para 8,5%, entre as pessoas que deixaram de fumar três meses antes da cirurgia, e para 6,3% para aqueles que deixaram o consumo de tabaco três a seis meses antes da operação. Pacientes que tenham deixado de fumar um ano, ou mais, antes da cirurgia vêm a probabilidade de terem complicações posteriores reduzida para 5%.

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