Sem marca, sem logótipos, sem cores distintivas. O Governo britânico vai propor às tabaqueiras que passem a vender o tabaco em embalagens o mais limpas possível, apenas com os já existentes alertas para os malefícios que este provoca na saúde, diz o diário Guardian. O Governo britânico acredita que o marketing das embalagens incentiva o consumo de tabaco
A ideia do Governo britânico não é original. Há cerca de um nao o Governo australiano lançou o mesmo debate e disse que queria tornar lei esta ideia em 2012. Segundo as autoridades australianas, o marketing gráfico das embalagens actuais de tabaco é um dos principais motivos pelo qual os consumidores mais jovens começam a fumar. A ideia australiana foi então aplaudida pela Cancer Research UK, a associação de luta contra o cancro no Reino Unido.
O objectivo britânico agora é o mesmo: acabar com qualquer atracção que as embalagens de tabaco actuais possam suscitar num país onde 200 mil jovens começam todos os anos a fumar.
Segundo o Guardian os planos do Governo serão conhecidos num anúncio que será feito pelo próprio ministro da Saúde hoje, quando se celebra no Reino Unido o Dia do Não Fumador.
Em análise está também a proibição de venda de tabaco em lojas, entre elas papelarias e lojas de conveniência, algo que países como o Canadá, Irlanda, Islândia ou Finlândia já fazem. A medida seria para aprovar em dois anos.
Ao Guardian o movimento cívico pró-liberdade Big Brother Watch já criticou estes planos do Governo acusando o Estado de querer “demonizar” os fumadores, que, segundo a associação, são pessoas que voluntariamente decidem consumir um produto legal, e de se assumir como um Estado paternalista.
No Dia do Não Fumador, que os britânicos comemoram há 28 anos, cerca de um milhão de pessoas tentam deixar de fumar todos os anos, adianta o Guardian com base em dados da campanha.
Por Ana Machado, Público (Ver aqui)