A Organização Mundial de Saúde pediu a todos os países que introduzam classificações para filmes e outros programas de entretenimento com imagens de tabagismo, para diminuir o número de fumadores adolescentes.
“Os governos devem exigir classificações etárias para filmes com imagens de tabagismo para reduzir a exposição da juventude”, referiu o Dr. Armando Peruga, coordenador-chefe da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS.
Em 2013-14, os adolescentes nos EUA foram expostos a 3.1 biliões de cenas de uso de tabaco no cinema, 46% delas em filmes PG-13 [correspondendo em Portugal a filmes M/12 e M14].
Elogiando as iniciativas legislativas tomadas pela Índia e pela China a este respeito, ao protegerem não-fumadores de imagens de tabagismo em produtos de entretenimento, o perito da OMS acrescentou que “muito mais precisa ser feito”.
Estudos realizados pelo Instituto Nacional de Cancro dos EUA e pelo Cirurgião-Geral dos EUA concluíram que fumar nos filmes leva a 37% dos novos fumadores adolescentes.
Os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA estimaram em 2014 que a exposição a fumar no ecrã conduziria a 6 milhões de novos jovens fumadores, dos quais se estima que 2 milhões morrerão de doenças causadas pelo tabaco.
Fumar em filmes de Hollywood é a principal exposição para adolescentes em países ocidentais.
“Outra medida que recomendamos é a certificação nos créditos dos filmes de que estes não receberam nada de valor, de ninguém, em troca de colocar produtos de tabaco nas imagens”, referiu o Dr. Peruga.
Levanta-se uma grande suspeição quando os filmes exibem conteúdo intensivo de tabagismo.
A agência de saúde das Nações Unidas também pediu aos governos que tornem as produções de media que promovem o tabagismo inelegíveis para filmes produzidos por governos nacionais.
Entre 2002 e 2014, quase 59% dos filmes mais rentáveis exibiram imagens de tabagismo.
Fonte: First Post
