A ciência já o confirmou e reconfirmou: o tabaco é um dos principais fatores de risco para cancro do pulmão. E é a mesma ciência que revela também que o risco pode ser partilhado com outro fator, a poluição. A afirmação é feita pelos investigadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, através de um estudo que deixa o alerta: morar a até 50 metros de uma estrada principal pode aumentar o risco de cancro do pulmão em 10%.
Já não é novo que a poluição está na origem de várias doenças, muitas destas respiratórias, outras tantas cardiovasculares. E a mesmo relação perigosa já tinha sido estabelecida com o cancro do pulmão, associação que é agora reforçada, assim como os alertas para a urgência de medidas capazes de fazer descer os níveis da poluição.
Este estudo, realizado no Reino Unido, confirma que reduzir os níveis de poluição na capital, Londres, em cerca de um quinto reduziria os casos de cancro do pulmão em qualquer coisa como 8%, enquanto medidas semelhantes em cidades como Manchester e Bristol reduziriam os casos em cerca de 6%.
As preocupações com o impacto da poluição do ar na saúde aumentaram nos últimos anos. Os alertas sucedem-se, de instituições como a Organização Mundial da Saúde. E há razões para isso. O novo estudo alerta que são as pequenas partículas (PM2.5), emitidas sobretudo pelos veículos motorizados, o poluente do ar mais perigoso para a saúde humana.