Atualidade do cancro do pulmão

Sete em cada dez portugueses disponíveis para fazer rastreio ao cancro do pulmão

Inquérito aos portugueses revela falta de informação sobre este tipo de tumor, que é um dos que mais preocupa os cidadãos nacionais

Lisboa, xx de maio de 2021 – Mais de 70% dos portugueses faria o rastreio ao cancro do pulmão se tivesse essa oportunidade, revela um inquérito realizado junto da população portuguesa, divulgado em antecipação ao Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala a 31 de maio.

O rastreio é encarado pelos inquiridos como uma relevante forma de deteção do cancro do pulmão, mesmo entre a população que não fuma. A informação sobre rastreios é também eleita pela população portuguesa como um dos tipos de informação mais relevantes sobre cancro.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, realizado pela Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão, com o apoio da Roche, cerca de um quarto (23%) dos entrevistados diz já ter procurado informação sobre cancro do pulmão, sobretudo os que deixaram de fumar.

É à Internet que os portugueses mais recorrem (57%) quando precisam de saber mais sobre cancro do pulmão, e onde procuraram dados relacionados sobretudo com sintomas, prevenção e rastreios, que estão no topo das informações consideradas mais importantes. Sinais e sintomas associados à doença (72%) destacam-se como o tipo de informação mais procurada, especialmente por quem não fuma, mas fumou no passado (80%).

Menor é a percentagem dos que já receberam informação sobre sensibilização para o cancro do pulmão – apenas 16% . Dados que indicam que o grau de informação sobre este tipo de tumor é relativamente reduzido, algo confirmado pelos próprios inquiridos, com apenas 7% a afirmarem que se consideram totalmente informados.

“Os resultados deste estudo vieram confirmar que ainda existe um longo caminho a percorrer para a promoção da literacia, rastreio e diagnóstico precoce no que diz respeito ao cancro do pulmão. Muitas das vezes, as pessoas chegam até à Pulmonale muito confusas, sem saberem se existe forma de diagnosticarem esta patologia. Ainda há muita desinformação e nós queremos promover a literacia para capacitar as pessoas, queremos que recebam a informação pela qual tanto anseiam através de fontes credíveis”, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale.

De acordo com os dados do Observatório Global de Cancro (Globocan), em 2020 contaram-se 2,2 milhões de novos casos de cancro do pulmão em todo o mundo (11,4% do total), dados que o tornam o segundo com maior incidência, atrás apenas do cancro da mama. Por cá, de acordo com a mesma fonte, no ano passado contaram-se cerca de 5.500 novos casos daquele que é o terceiro com maior incidência nacional.

Não é, por isso, surpreendente que este seja um dos tumores que mais preocupa a população nacional. Ao todo, 23% dos inquiridos confessam a sua preocupação em relação a este tipo de tumor, sobretudo os entrevistados do sexo masculino (28%) e os fumadores (38%), até porque o tabaco é um dos fatores de risco reconhecidos para a doença, que se manifesta através de tosse, expetoração com ou sem sangue, cansaço, dor torácica ou no peito, entre outros.

O inquérito foi realizado com uma amostra de 1000 entrevistas e a informação foi recolhida através de entrevista telefónica, pelo sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing), com base em questionário elaborado pela GfK.

Pode consultar o inquérito aqui

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