Atualidade do cancro do pulmão

Uma pequena história sobre o surgimento do Cancro do Pulmão

Sabia que, há cerca de 150 anos, o cancro do pulmão era uma doença extremamente rara? Atualmente considerado um dos cancros mais mortais da população mundial, nem sempre foi assim. Hoje vamos apresentar-lhe alguns fatos históricos sobre esta doença…

– 1810: a primeira referência ao cancro do pulmão é feita pelo médico Gaspard Laurent Bayle, referente ao caso de um doente de 72 anos. Nessa altura, dada a insuficiência dos meios de investigação clínica, o diagnóstico de cancro do pulmão era feito com base em autópsias.

– 1850: é reconhecida a dificuldade no diagnóstico, sendo que se acreditava que a maior parte dos casos deviam passar desapercebidos.

– 1866: prestou-se maior atenção às descrições do diagnóstico físico do cancro do pulmão, pois os doentes apresentavam-se com sintomas bem percetíveis. Uma das queixas mais constantes era a tosse, uma característica muito própria da doença.

– 1875: Nesta altura o cancro do pulmão era bem mais frequente no sexo masculino e havia maior incidência entre os 40 e os 60 anos.  (…)

– 1898: apesar de se alcançarem alguns progressos na sua identificação e de, pontualmente, admitir-se que a respetiva incidência estava a aumentar, só estavam referenciados 140 casos na literatura médica mundial.

– 1921: Por esta altura foi estabelecida uma eventual relação entre o cancro do pulmão e a radioatividade das minas.

– 1927 – 1929: em 1927, no Reino Unido, associaram o cancro do pulmão ao fumo do tabaco, e dois anos depois, em 1929, um médico alemão fez a primeira análise quantitativa da relação causa-efeito entre o fumo do tabaco e o cancro do pulmão.

– 1933: Neste ano fez-se a primeira pneumectomia bem-sucedida para tratamento de um carcinoma broncogénico.

– 1974: Devido à necessidade que um conjunto de clínicos sentiu em terem um fórum onde se debatessem as questões relacionadas com o cancro do pulmão, foi institucionalizada a International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), cuja primeira reunião formal ocorreu em Outubro de 1974, em Florença, Itália.

– 1986: na tese da International Agency for Research on Cancer (IARC) intitulada Tobacco Smoking, calculou-se a percentagem de mortes por cancro do pulmão atribuídas ao tabaco, em cinco países desenvolvidos (Canadá, Inglaterra e País de Gales, Japão, Suécia e EUA), com números que iam dos 83% aos 92% nos homens e dos 57% aos 80% nas mulheres.

Desde então tem havido um crescimento progressivo no conhecimento da biologia do cancro do pulmão bem como no diagnóstico, estadiamento e tratamento destes doentes.

Também a nível nacional as últimas décadas têm sido pautadas por um esforço das várias sociedades científicas e associações, no sentido de melhorar os cuidados ao doente com cancro do pulmão.

Já em 2020 foi lançada uma aliança para combater o cancro do pulmão em Portugal, da qual a Pulmonale faz parte, além da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a Sociedade Portuguesa de Oncologia e a AstraZeneca.

Nos últimos dias, e como pode ver aqui, a Pulmonale juntou-se ao MOVA, movimento nascido com o intuito de informar, sensibilizar e promover os direitos dos nossos doentes no que toca à vacinação.

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