O cancro do pulmão é uma doença complexa, constituída por entidades distintas que se comportam e são tratadas de forma diferente. De uma forma simples, a grande maioria dos cancros do pulmão dividem-se em 2 grupos distintos: cancro do pulmão de não pequenas células, o tipo mais frequente, e o cancro do pulmão de pequenas células.
O avanço nos últimos anos permitiu a identificação de alterações genéticas (erros genéticos identificados nas células tumorais) associadas ao cancro de pulmão de não pequenas células, que desempenham um papel crucial no crescimento e disseminação do tumor. Os tumores com estas alterações são mais suscetíveis a determinados medicamentos, que actuam provocando uma diminuição ou bloqueio no crescimento do tumor, atrasando assim a evolução da doença.
Apesar de raras, as alterações genéticas mais frequentemente alteradas em doentes com cancro do pulmão de não pequenas células, sobretudo no adenocarcinoma, são nos genes EGFR, ALK, ROS1, BRAF, entre outros.
A pesquisa deste tipo de alterações genéticas é feita, de forma regular, em Portugal, em doentes com adenocarcinoma do pulmão metastizado. Desta forma, quando é identificada uma destas alterações genéticas, o doente pode beneficiar de medicação dirigida à alteração identificada, com maior eficácia e tolerância, comparativamente com outras opções de tratamento como a quimioterapia.
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